Rede 5G: Um Novo Passo ao Futuro Conectado

Ter acesso à Internet tornou-se uma necessidade básica do ser humano. Trabalhar remotamente, estudar à distância, relacionar-se em redes sociais, são exemplos de atividades já inseridas em nosso cotidiano, e sermos capazes de realizar tais atividades sem interrupções e com qualidade, são exigências cada vez mais frequentes. Cada vez mais estamos conectados compartilhando informação, e os cerca de 300 Mb/s de download que oferecem atualmente as redes 4G dificilmente irão satisfazer nossas demandas futuras quanto a conectividade e velocidade. É por isso que o governo e as grandes empresas de telecomunicações estão na corrida para o lançamento da rede 5G no país.

Tecnologia de Rede 5G

A tecnologia de rede 5G vem para revolucionar a forma como utilizamos a Internet, viabilizando novas tecnologias e gerando novas oportunidades. Com uma velocidade de conexão cem vezes maior que as utilizadas atualmente, uma alta densidade que permite uma quantidade de até 100 dispositivos conectados por m², e uma eficiência energética que supera em até 90% a rede 4G, fazem da tecnologia de rede 5G não ser apenas uma necessidade, mas uma grande aposta no futuro.

A rede 5G promete não apenas aumentar a eficiência e liberar o potencial da automação, mas também nos permitirá explorar tecnologias em desenvolvimento, como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR). Também contribuirá para o avanço do conceito de Internet das Coisas – a conexão entre objetos comuns com a internet.

A rede 5G pode ser amplamente classificada em três tipos principais de serviços conectados:

Aprimoramento da Internet banda larga móvel: Veremos uma grande evolução nos smartphones, com tecnologias de VR e AR mais aprimoradas, proporcionando aos usuários novas experiências imersivas, com velocidade de conexão mais rápida e uniforme, menor latência e custo por bit.

Comunicações de missão crítica: Serviços que dependem de links ultra confiáveis, disponíveis e de baixa latência como o funcionamento das futuras cidades inteligentes (smart cities), carros autônomos e procedimentos médicos como cirurgia robótica e medicina personalizada, serão beneficiados.

IoT (Internet of things) em massa: Será possível ver, cada vez mais, diferentes dispositivos se interligando à web, como casas inteligentes e wearables (tecnologias vestíveis).

O Impacto nas Redes Ópticas

Um dos elementos-chave na implantação da rede 5G será a canalização de dados ao longo de segmentos não utilizados anteriormente do espectro de radiofrequência – em particular, faixas de frequência extremamente alta (EHF) entre 30-300 GHz, conhecidas como “ondas milimétricas”. Essas ondas milimétricas podem atingir taxas de transmissão de dados de até 1 gigabit por segundo, mas não transmitem bem através de obstáculos. Como resultado, os arquitetos do 5G adotaram uma nova estratégia: redes de “Small Cells” densamente implantadas que usam múltiplas antenas de transmissão e recebimento para multiplicar a capacidade, além de reduzir a latência.

O desafio de gerar bandas EHF no domínio elétrico levou esses mesmos arquitetos a procurarem a alternativa da geração de sinal fotônico – criando um papel claro para as redes ópticas na criação da infraestrutura 5G.

Como exatamente isso se manifestará, no entanto, ainda precisamos aguardar para ver. Uma questão importante a ser determinada em qualquer implantação é a combinação mais econômica de tecnologias de fibra ótica e sem fio em diferentes áreas da rede. As redes ópticas passivas (PONs) de última milha, que usam divisores de feixe não energizados para permitir que uma única fibra óptica atenda a vários pontos de extremidade, provavelmente se tornarão mais comuns. Comparado às redes ópticas ativas (AONs), as PONs alcançam maior confiabilidade a um custo menor.

Ao mesmo tempo, algumas das suposições que as empresas de redes ópticas incorporaram às suas estratégias de produtos e de mercado até agora podem se mostrar incorretas, pois a necessidade imaginada de implantação de “fibra para instalações” (FTTP) pode ser antecipada pelas altas capacidades de dados do wireless em um cenário 5G.

Outra área em que a rede óptica provavelmente desempenhará um papel significativo na implantação do 5G é a parte de “backhaul” da rede: os links intermediários entre o core ou backbone, a rede e as muitas pequenas sub-redes nas bordas. Como as faixas EHF são limitadas em alcance, o retorno de alta velocidade será fundamental para fornecer a maior largura de banda prometida pelo novo padrão. Inúmeros estudos se concentraram na oportunidade que isso cria para redes ópticas.

No entanto, quanto a um padrão real, ele ainda está em desenvolvimento; a International Telecommunication Union (ITU) estabeleceu o ano de 2020 como meta para sua finalização, referindo-se ao padrão como International Mobile Telecommuncations-2020 (IMT-2020). No entanto, os membros da ITU já concordaram com os principais requisitos de desempenho, e os resultados de testes e implantações iniciais servirão para ajudar no desenvolvimento das especificações finalizadas. Aqueles que trabalham na vanguarda das tecnologias de redes ópticas deverão se beneficiar com o futuro próximo da comunicação sem fio.

» Artigo traduzido e adaptado.
Fonte: https://www.precisionot.com/5g-its-impact-optical-networks/