Como escolher os transceivers certos para sua rede?

Transceivers

Existem milhares tipos diferentes de transceivers ópticos. Não é de se admirar que selecionar as opções corretas para suas aplicações de rede possa parecer complicado. As necessidades de banda larga continuarão aumentando, tornando mais importante do que nunca ter uma rede eficiente projetada com o hardware certo para o trabalho.

De acordo com o estudo de banda larga da OpenVault, no quarto trimestre de 2021, o consumo médio mensal ponderado de dados por assinante de banda larga norte-americana era de 536,3 GB, ultrapassando mais de meio terabyte pela primeira vez.

Os transceivers de fibra óptica são essenciais nas redes atuais e os desenvolvimentos avançados nessa tecnologia continuarão a atender às necessidades de dados do futuro. Para ajudar na tarefa de escolher os módulos certos para sua rede, aqui estão 6 fatores-chave que devem ser analisados ​​com um especialista antes de fazer sua escolha. Estas considerações técnicas e operacionais ajudarão a determinar os transceivers corretos para qualquer aplicação de rede:

  • Compatibilidade do host
  • Form Factor
  • Distância/ Atenuação/ Link
  • Meio – (ou seja, tipo de fibra)
  • Tipo de conector de fibra
  • Classificação de temperatura

Compatibilidade do host

Antes de adquirir seu transceiver, é imprescindível saber em que tipo de equipamento de rede eles serão usados ​​e como a rede é arquitetada. Em que os módulos se conectarão? Determine o quão restritiva a plataforma host é para fontes de terceiros. Você ficará preso apenas a transceptores OEM do host ou será “amigável” para outras fontes? Para cada switch, placa de linha ou qualquer dispositivo ao qual seus transceptores se conectem, você precisa saber no mínimo o seguinte:

  • Fabricante
  • Modelo#
  • Versão do software que o dispositivo host está executando

Form Factor

Você não apenas precisa saber em que tipo/marca de dispositivo os transceivers serão conectados, mas também alguns detalhes físicos específicos sobre as portas deles. Você já se perguntou por que os transceivers são moldados do jeito que são? Vários anos atrás, quando os módulos ópticos foram desagregados do switch e do roteador, não havia padrões da indústria. Aparentemente, cada empresa teria um form factor proprietário. Eventualmente, os principais players da indústria se uniram para criar o Multi-Source Agreement – Acordo de Fonte Aberta (MSA), que ajudou a definir cada transceiver com características elétricas, ópticas e mecânicas específicas. Exemplos de MSAs reais são mostrados na tabela abaixo:

Lista de MSAs para vários form factors*

Características como o tamanho do encapsulamento metálico e a forma do transceiver foram definidas pelo MSA. O desenvolvimento de MSAs resultou nos form factors que conhecemos e amamos hoje: SFP, SFP+, QSFP, QSFP+ e CFP, para citar alguns. Compreender as funções e as principais diferenças entre os form factors é crucial ao decidir o melhor ajuste para sua rede óptica e o melhor Transceivers. Certifique-se de discutir os detalhes com o engenheiro que vai lhe auxiliar nessa escolha.

Link Budget: Até onde seus dados precisam ir?

As distâncias de operação para transceivers ópticos podem ser tão curtas quanto alguns metros ou tão longas como até 2.000 km (com CFPs digitais coerentes e outras tecnologias emergentes). De certa forma, a classificação de distância máxima deve realmente ser interpretada como um link budget.

O link budget é o critério principal para determinar qual transceiver usar para estabelecer adequadamente um comprimento de link físico de rede. Normalmente, no projeto de rede, uma margem de segurança de 2dB a 3dB é necessária para qualquer link budget. Este requisito fornece margem extra no caso de atenuação decorrente de um possível evento de rede. Essa margem permite que o link lide com a degradação sem afetar potencialmente os serviços. Na verdade, isso significa reduzir a sensibilidade máxima de RX (receptor) em 2dB a 3dB, o que reduz diretamente o link budget na mesma quantidade.

Um cálculo simples de link budget seria a potência de saída óptica mínima menos a sensibilidade do receptor. No entanto, à medida que os sistemas de rede aumentam os requisitos de largura de banda em distâncias mais longas, o link budget precisa levar em consideração questões como dispersão cromática e SNR (Signal to Noise Ratio – Relação Sinal Ruído). Por exemplo, a atualização de 1G para 10G apresenta dificuldades com relação à propagação do sinal e a fórmula simples de link budget não será mais suficiente. Um SFP 10G de 80 km pode ter um link budget de 22 dB que, em teoria, deve fornecer cerca de 100 km de alcance usando uma perda de 0,22 dB/km. No entanto, a dispersão cromática reduz a distância efetiva para 80 km. Essa penalidade é ainda maior à medida que você aumenta a taxa de dados. Um sinal de 25G experimentará até 8 vezes mais dispersão cromática do que um 10G. A dispersão cromática também depende do comprimento de onda, mas a taxa de dados é o maior fator determinante.

Meio (tipo de fibra) de Propagação

Como o tipo de fibra pode afetar as perdas no link? Assim como os transceivers têm padrões da indústria, jumpers de fibra e cabos de fibra também tem padrões da indústria claramente definidos. Diferentes tipos de cabos de fibra tem diferentes perdas de fibra em seus comprimentos de onda, conforme mostrado nos padrões TIA-568-C.0-2 abaixo. Esta tabela fornece uma boa aproximação de perda, mas na prática a perda real de um link deve sempre ser medida no comprimento de onda de operação com um OTDR (Optical Time Domain Reflectometer).

Valores máximos de perda de fibra multimodo e monomodo

Dois tipos principais de fibra são importantes para se ter em mente ao emparelhar com um transceiver: monomodo e multimodo. Historicamente as fibras multimodo demandam um menor investimento, mas ao custo de maior atenuação e maiores índices de refração em relação à fibra monomodo. As fibras monomodo geralmente são usadas para transmissão de dados de alta velocidade em longas distâncias, pois são menos suscetíveis à atenuação do que as fibras multimodo. Porém nota-se um aumento exponencial do uso desse tipo de fibra nas mais variadas aplicações, o que vem promovendo preços mais competitivos.

Tipos de conector de fibra

Abaixo estão alguns tipos de conectores ópticos de transceiver disponíveis:

O conector de fibra SC é um antecessor do conector LC, pois os dois compartilham o mesmo design básico. A diferença entre os dois é que o ferrolho SC é aproximadamente o dobro do LC. Duplex LC e SC como mostrado acima são bastante simples: um lado é seu Tx, o outro lado é seu Rx. Já no caso de conectores MPO-12 e MPO-16, fica um pouco mais complicado. O 12 e o 16 indicam o número de fibras contidas no interior do cabo. “12” em MPO-12 indica 12 fibras, porém está utilizando apenas 8 lanes. SN é um tipo mais novo de conector de fibra projetado e otimizado para aplicações 400G. São basicamente 4x LCs duplos compactados em um conector. Ele permite 4 lanes duplex de um transceptor de 400G. O conector MDC também é uma variedade mais recente e amplamente utilizada para 400G.

Quanto aos tipos de polimento da face final da fibra, há UPC (Ultra Physical Contact) ou APC (Angle Physical Contact). As extremidades da fibra UPC são “planas”, enquanto as extremidades da fibra APC são polidas em um ângulo de oito graus. O APC oferece melhor perda de retorno óptico, o que proporciona um link budget ligeiramente melhor do que o UPC. No entanto, existem situações em que o UPC, a escolha um pouco mais barata, pode ser bom o suficiente em termos de desempenho óptico para o Transceivers. Qualquer que seja o tipo de polimento escolhido para sua aplicação, lembre-se de que APC e UPC não podem ser combinados.

Classificação de temperatura

Em que tipo de ambiente seu transceiver será utilizado? Ele estará em um data center com temperatura controlada ou estará conectado em um site outdoor, que pode alcançar altas temperaturas? Você deve ser capaz de obter praticamente qualquer tipo de transceptor nas classificações de temperatura industrial ou comercial. Geralmente, as faixas de temperatura especificadas para transceptores são mostradas abaixo. No entanto, estes podem variar ligeiramente dependendo do fabricante.

  • Faixa de temperatura comercial: 0°C a 70°C
  • Faixa de temperatura industrial: -40°C a 85°C
  • Faixa de temperatura estendida: varia de acordo com o fabricante

Antes de fazer o pedido, certifique-se de perguntar se o seu transceptor passará por rigorosos ciclos de testes ambientais em um laboratório de engenharia, tanto do ponto de vista do hardware quanto do nível do sistema.

Agora você sabe quais perguntas fazer para determinar quais transceivers usar para suas aplicações. A próxima pergunta é: com quem você terá essa conversa?

Como escolher o parceiro (fornecedor?) certo para transceivers

Com as operadoras de rede sob pressão para fornecer velocidades e largura de banda mais altas em redes backbone, metropolitanas e de acesso, a necessidade de um fornecedor confiável de equipamentos de rede óptica só aumentou. Como você pode ter certeza de que a empresa na qual você confia para adquirir transceivers e outros equipamentos ópticos é mais do que apenas outro fornecedor? Como você pode confiar que eles vão te apoiar em situações complicadas? A resposta está em procurar as três qualidades a seguir em seu provedor de equipamentos de rede óptica:

  1.   Inventário confiável
  2.   Suporte de Engenharia
  3.   Soluções personalizadas

Mais importante ainda, escolha um fornecedor que seja mais do que apenas um fabricante de equipamentos. Suporte completo ao ciclo de vida, testes de laboratório e experiência em todos os tipos de arquiteturas de rede podem garantir que você aproveite ao máximo seus gastos. Você precisa de engenheiros especializados à mão, não apenas representantes de vendas.

A FonNet Networks surgiu com o objetivo de aproximar nossos clientes do mercado internacional, proporcionando diversas vantagens comerciais, além da qualidade e eficiência dos equipamentos ofertados. Oferecemos estoque nacional para entrega imediata, consultoria técnica e logística especializada para todo o Brasil e América Latina. Em 2014, tornou-se uma extensão da Precision Optical Transceivers Inc., um dos maiores fabricantes de transceivers ópticos dos Estados Unidos.


Hoje é líder nacional na comercialização de transceptores ópticos (transceivers), colaborando para que operadoras de telefonia móvel, provedores de internet, data centers, entidades governamentais e grandes corporações possuam o que há de mais moderno e melhor em suas conexões, tornando-as seguras e com qualidade. A atuação da FonNet no Brasil é alinhada a um atendimento sério, honesto, rápido e que valoriza o cliente.

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Fonte: https://www.precisionot.com/how-to-choose-the-right-transceivers-or-your-network/